S/Nº. – Tasso Brasileiro do Vale (1924-2008) – 18 jan 2009, p. 13

//S/Nº. – Tasso Brasileiro do Vale (1924-2008) – 18 jan 2009, p. 13

S/Nº. – Tasso Brasileiro do Vale (1924-2008) – 18 jan 2009, p. 13

 

Tasso Brasileiro do Vale (1924-2008)
 

Nosso colaborador Rolando de Nassau enviou-nos de Brasília a seguinte nota de falecimento:

“À tarde do sábado, 22 de novembro, faleceu em Brasília o regente Tasso Brasileiro do Vale.

Ele estudou regência coral, percepção musical e técnica vocal no Conservatório de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Regeu coros e, como barítono, cantou ópera na capital mineira. Foi professor de música em escolas públicas de ensino médio, em Belo Horizonte e em Brasília.

Por carta de transferência concedida pela Igreja Batista de Humaitá, de Belo Horizonte (MG), ingressou na Igreja Memorial Batista, em Brasília (DF), em 8 de maio de 1968. Em 12 de janeiro de 1969, pelo pastor Éber Vasconcelos foi convidado para a regência do Coro; na ocasião declarou: “Com a graça de Deus, espero realizar aquele ideal que sempre acalentei: de ter um coral que possa expressar as belezas sublimes do Evangelho, com amor e espiritualidade”. Efetivado em 19 de março, criou um coro masculino e permaneceu na regência do Coro da Igreja até 8 de outubro de 1972.

Foi um dos primeiros regentes brasileiros a apresentar a cantata “Maior Amor”, composta em 1958 por John W. Peterson; as duas primeiras execuções dessa cantata aconteceram no templo da Igreja Memorial, em novembro de 1970, sob a regência de Tasso (ver: OJB, 8 nov 1981, p. 2). Em 28 de novembro de 1971, dirigiu a cantata “A maior história não contada”, de Eugene Clark. Em 3 de setembro de 1972, perante autoridades federais e locais, interpretou antemas de Haendel e de Haydn.

Reestruturado o Coro (que passou a denominar-se “Coral Memorial”), o professor Tasso reassumiu a sua direção em junho de 1979, regendo, em dezembro, a execução da cantata “Noite de Milagres”, de Peterson. Em 18 de junho de 1980, Tasso teve a excepcional oportunidade de reger o “Coral Memorial” num culto solene com a presença do presidente João Batista de Oliveira Figueiredo, acompanhado pelos presidentes da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal (ver: OJB, 06 jul 1980, PP. 1 e 6). Em 30 de agosto de 1981, Tasso regeu, no Templo, e, em 25 de setembro, no Teatro Nacional de Brasília, as 4ª. e 5ª. apresentações da cantata “Maior Amor”, com acompanhamento orquestral.

Depois de pouco mais de dois anos de intensa atividade, Tasso deixou definitivamente o “Coro Memorial” (nova denominação, ainda vigente), em 9 de outubro de 1991, por motivo de enfermidade.

Nas quatro oportunidades que teve, Tasso foi um regente competente na técnica coral, dedicado à sua atividade musical e atencioso em seu relacionamento com os coristas. Deixou marcas profundas no repertório musical da Igreja Memorial. Depois de tanto tempo ausente do pódio, ainda gozava de prestígio por causa de sua sensibilidade artística e espiritual.

Ao culto fúnebre no Auditório “Éber Vasconcelos” e ao sepultamento no Campo da Esperança, compareceu grande número de pastores e membros de igrejas batistas, e de igrejas presbiterianas, às quais pertencem vários familiares de Tasso. A viúva Aseneth e os filhos Leonora, Eduardo, Sérgio e Maurício muito contribuíram para o louvável ministério musical de Tasso Brasileiro do Vale”.

 

(Publicado em “O Jornal Batista”, l8 jan 09, p. 13).

 

2018-02-21T14:36:06+00:00 By |Personalidades|